Brasileira que estava desaparecida após ataque em festa rave em Israel morreu, confirma família

Bruna Valeanu foi rendida pelo Hamas em festival; um brasileiro morreu e outra segue sendo procurada

Ela é a segunda vítima brasileira no evento

A família da brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, que estava desaparecida desde o último sábado (7) após um ataque do Hamas a uma festa rave, em Israel, confirmou que ela morreu. Em entrevista ao site G1, a irmã mais velha da jovem, Florica, que também mora naquele país, disse que obteve a confirmação do Exército israelense nesta terça-feira (10).

Depois, em postagem nas redes sociais, Florica disse que o velório será realizado na noite de hoje, na cidade de Petah Tikva, que fica nas proximidades de Tel Aviv, onde Bruna morava. “Minha neném virou uma estrelinha no universo”, lamentou a irmã.

Além de Bruna, familiares e o Itamaraty confirmaram a morte do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, que participava da mesmo festival, o “Universo Paralello”, que era realizado no deserto de Negev, perto de Re-im, no sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.

Além deles, também estava no evento a brasileira Karla Stelzer Mendes, de 41 anos, que segue desaparecida. Ela é professora e mora em Beit Ezra, que fica a 46 km de Tel-Aviv. A mulher estava acompanhada do namorado, Gabi Azulay, que também não foi mais visto desde o ataque do Hamas.

Ela estava com o namorado, que também ainda não foi achado

Quem eram as vítimas fatais?

Bruna Valeanu, que era natural do Rio de Janeiro e também tinha nacionalidade israelense. Ela já atuou como instrutora de tiro nas Forças de Defesa daquele país, entre agosto de 2018 e agosto de 2020, conforme destacou em sua página no LinkedIn. Desde outubro do ano passado, ela estudava comunicação e artes na Universidade de Tel-Aviv.

Ele chegou a gravar um vídeo em um bunker

Já Ranani Glazer, que era natural do Rio Grande do Sul, tinha cidadania israelense e morava naquele país há sete anos. Ele prestou serviço militar nas Forças de Defesa Israelenses, mas atualmente trabalhava como entregador em Tel Aviv.

Ranani estava na festa rave con a namorada, Rafaela Treistman, e um amigo, quando conseguiram se refugiar em um bunker. Enquanto estava lá dentro, ele gravou um vídeo e falou dos momentos de terror que vivia (assista abaixo). “Foi cena de filme”, disse ele. “No meio da rave a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente está num bunker agora, seguro”, disse.

Porém, pouco depois disso, os homens armados invadiram o local e a namorada e o amigo se perderam do brasileiro e foram resgatados por forças israelenses. Ranani ficou desaparecido e depois teve a morte confirmada.

Em postagem nas redes sociais, a jovem destacou que o namorado “a salvou” durante o ataque e ressaltou que não sabe “como vai seguir em frente” sem ele.

Festa rave

Pelo menos 260 pessoas morreram após a festa rave. Juarez Petrillo, o DJ Swarup, que é pai do DJ Alok, iria tocar durante a festa e mostrou em suas redes sociais quando as bombas começaram a atingir a região (assista abaixo).

“Estou em choque até agora! E as bombas não param de explodir… depois conto mais detalhes”, escreveu Petrillo. “Surreal! [...] Já estava no palco para tocar. Espiritual demais! Foi a primeira vez que aconteceu isso, nunca uma festa parou assim! Sei nem o que fazer dizer”, lamentou ele.

Aos prantos, o DJ Alok fez uma postagem nas redes sociais lamentando o ataque em Israel e relatando como o pai conseguiu se salvar. Segundo ele, o DJ Swarup segue em Tel Aviv, aguardando para retornar ao Brasil.

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